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sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

BOM DIA!

Hoje, mais ou menos às 7h da manhã, minha filha mais nova foi ao quarto dela para sair para o trabalho e, eu estava deitada em sua cama, pois havia acordado e tentava cochilar mais alguns minutos. Ouvi-a suspirar profundamente e senti que o fazia com raiva, com impaciência, por eu estar ali e deitada em sua cama e não na minha. Ela não se despediu de mim. Não me disse tchau. Não me deu um beijo carinhoso no rosto. Não me desejou um bom dia, já estou indo, como faz algumas vezes. (suspiro) Sei que saiu contrariada.
Procuro me lembrar se quando fui adolescente tive esses momentos de impaciência, pois ultimamente basta eu chamá-la e ouço um "Qui é?", cheio de raiva, nervoso, tipo assim, "Lá vem ela me encher o saco!" ou "Ela está falando comigo e  não suporto o som da voz dela!". Creio que sim, que tive sim esses momentos também com minha mãe e me dei conta que era involuntário. Cansaço talvez, mas também me dei conta de como minha mãe se sentia, ou talvez ela não se sentisse como eu me senti, pois ela não sou eu, mas eu me senti muito triste, por mim e por elas (minha mãe e minha filha).
Quando somos adolescentes há momentos em que achamos que sabemos tudo e não precisamos de ninguém. Achamos que a convivência diária com algumas pessoas são totalmente indispensáveis. Por que  tenho que conviver com ela? Quando adolescente pensava que iria ganhar muito dinheiro e ter uma casa só para mim e não precisaria mais dar satisfações de nada a ninguém. Teria algum animalzinho de estimação para me fazer companhia e isso me bastaria. Faria o que bem quisesse, a hora que quisesse. Sim, eu também já pensei assim como minha filha!  Você também já pensou ou ainda pensa assim! Grande engano nosso! É impossível não conviver com nada nem com ninguém. 
A lei de causa e efeito existe tanto para pequenas como para grandes causas. Hoje algumas pessoas me tratam como já tratei outras que tinham a idade que tenho agora. Elas não tem paciência com minha perda auditiva, com a minha mente cansada de ter que administrar uma família e ainda trabalhar fora. Não tem paciência com meu cansaço não só de mais um dia de trabalho, mas de já ter vivido tantas decepções e resolvido muitas e muitas dificuldades. Cansaço das muitas perdas já sofridas, de pessoas e coisas e sentimentos.
Hora, hora, hora!!!!! É claro que não são só tristezas. Muitas pessoas também não tem paciência alguma quando estamos felizes!!! (risos) Felizes por tudo que conquistamos, pela pessoa que nos tornamos, pela oportunidade de ainda podermos continuar conquistando e, conseqüentemente, melhorando mais ainda, enfim, apenas felizes. Rimos e gargalhamos por qualquer coisa! (risos) E as pessoas olham e pensam: "Tá louca! Bebeu!!", ou ainda, "Pare de beber!!" (e você nem começou). 
Enfim o ciclo se repete, sempre, o tempo todo, mas se nos damos conta dos erros e acertos e melhoramos como pessoas, melhoramos o meio em que vivemos, valeu toda a tristeza e todas as dificuldades superadas! Valeu muito mais todas as alegrias, ainda que por momentos mais raros e fugazes!! 
Peço apenas que possamos ter força sempre para superarmos tudo o que causamos!! Peço que minha filha supere sempre tudo e todos! Eu a amo e peço que me perdoe se não sou uma pessoa melhor ainda do que já sou! (risos)
O som deste momento é: Pais e Filhos - Legião Urbana / Como nossos Pais - Elis Regina / A Estrada - Cidade Negra

2 comentários:

  1. http://paahloma.blogspot.com/2011/02/otica.html

    lê meu blog mãe, é uma postagem pra vocÊ!

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